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A literatura brasileira perdeu um de seus maiores nomes no último sábado (17) com o falecimento da escritora carioca Nélida Piñon, aos 85 anos.
Dona de uma pena exuberante e inquieta, que explorava a forma e a linguagem em cada uma de suas 25 obras, Nélida ocupava a cadeira de número 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1989: sete anos depois, em 1996, ela se tornou a primeira mulher eleita presidenta da ABL, e a primeira mulher no mundo a presidir uma Academia de Letras.
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Nascida no Rio de Janeiro em 1937, Nélida Piñon se formou em jornalismo pela PUC Rio, e publicou seu primeiro romance, o experimental “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”, em 1961, retratando um extenso diálogo entre uma mulher e o arcanjo Gabriel.
Sua obra-prima é considerada o livro “A república dos sonhos”, de 1984, no qual se vale de uma narrativa autobiográfica em uma estrutura elaborada e uma prosa cheia de tintas poéticas para contar a história de uma família que se muda da Galícia para o Brasil, e desembarca em pleno Rio de Janeiro da virada do século 19 para o 20.
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Traduzida em mais de 30 países, Nélida foi vencedora de dezenas de prêmios literários, incluindo, em 2005, dois “Prêmios Jabutis” de Melhor Romance e Livro do ano de Ficção, pelo romance “Vozes do Deserto”, lançado no ano anterior.
Depois, a autora manteve um hiato de cerca de 16 anos sem lançar romances, até “Um Dia Chegarei a Sagres”, publicado em 2020 com o objetivo de ser um “romance total”, através do qual o público compreendesse “a gênese narrativa das Américas, de onde nós procedemos, quem somos nós”.
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Verdadeira ourives da linguagem, Nélida se desafiava a lapidar o português para cada novo livro, na busca por uma forma nova e desafiadora para escrever uma nova obra.
“A linguagem é tão poderosa que só através dela poderia dizer tudo o que pensava; é como se houvesse dentro da literatura uma visibilidade e uma invisibilidade, algo que pode e não pode ser tocado, a grande ambiguidade do texto”, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, em 2005.
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Uma das mais reconhecidas autoras brasileiras fora do país, Nélida estava em viagem, e faleceu em Portugal, após uma operação de emergência, depois de passar mal por problemas nas vias biliares.
Antes de falecer, ela entregou à editora o livro “Os Rostos que Tenho”, de ensaios e memórias, que aguarda revisão, e deve chegar às livrarias em 2023.
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