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A morte da princesa havaina Abigail Kinoiki Kekaulike Kawānanakoa no final do ano passado reabriu uma ferida nada cicatrizada da história dos EUA e principalmente do Havaí: a queda da monarquia que reinava nas ilhas até 1893, provocada por empresários estadunidenses junto ao exército, que permitiu a anexação das ilhas no meio do Oceano Pacífico ao território dos EUA. Kawānanakoa faleceu aos 96 anos, no dia 11 de dezembro de 2022, e desde então o debate ao redor da história da tomada do Havaí, e da derrubada da antiga família real, voltou à tona, como mostrou reportagem recente da BBC.
Parte norte da ilha da Kauai, a quarta maior do arquipélago do Havaí
-A princesa havaiana que ajudou a recuperar a tradição do surfe
Formado por 137 ilhas vulcânicas e famoso por sua natureza exuberante e pelo surfe em suas ondas imensas, o paradisíaco arquipélago do Havaí foi unificado em um único reino em 1810, governado por Kamehameha 1°, também conhecido como Kamehameha, o Grande, que batizou o território e fundou o clã que reinaria até a derrubada do poder. Desde 1820, quando missionários estadunidenses foram até as ilhas e começaram a converter a população em cristãos protestantes, a influência dos EUA na região começou a crescer – e pautar até mesmo a política havaiana.
A princesa Abigail Kinoiki Kekaulike Kawānanakoa, herdeira do trono havaiano, que faleceu
-A ‘revolta da bandeira do urso’, que deu origem à Califórnia
Os descendentes dos primeiros missionários fundariam o Partido da Reforma, mais conhecido como Partido Missionário, que viria a ajudar no golpe de Estado futuro. Já nos anos 1870, a economia havaiana era profundamente dependente do comércio com os EUA, e os latifundiários e produtores de açúcar da região começaram a exigir intervenção militar das tropas estadunidenses, sob a justificativa de que os empresários do país estavam sendo prejudicados pelas políticas da rainha Lili’uokalani, última monarca do Havaí, que seria deposta e presa em 1893. Em 4 de julho de 1894, o arquipélago se tornou uma república – que, no entanto, não teria vida longa.
A rainha Lili’uokalani, última monarca do Havaí, deposta em 1893
-4 golpes de estado na América Latina para a história não se repetir
Em 1900, o Havaí se tornaria parte do território dos EUA, sob decreto do presidente William McKinley, em favor dos empresários: o reconhecimento como 50º Estado do país, porém, só viria em 1959, a partir da imensa importância que o território teve durante a Segunda Guerra Mundial para o país. Somente em 1993, quando o golpe que derrubou a última rainha havaiana completou 100 anos, o governo estadunidense pediu desculpas públicas pela derrubada e a invasão do território à população originária havaiana e, apesar de ter reconhecido que o povo foi privado de seu direito à autodeterminação e teve de ceder cerca de 700 mil hectares de terra, nenhuma compensação foi oferecida.
Estátua de Kamehameha 1º, que batizou o território havaiano e fundou o império, em Honolulu
-Imagens do início do surfe nos mergulham no desejo de surfar
A Rainha Lili’uokalani foi libertada da prisão em 1896, e pôde seguir vivendo no território até o fim de sua vida, em 1917. Ela, no entanto, não teve filhos, e Kawānanakoa, que faleceu recentemente, era sua descendente e próxima na linhagem real. Sua morte foi anunciada no final do ano passado pelo ʻIolani Palace, única residência real em território dos EUA, no idioma havaiano, e metade de sua fortuna, avaliada em 200 milhões de dólares, foi deixada para uma fundação de suporte à comunidade nativa do arquipélago.
O ʻIolani Palace em sua iluminação noturna, em Honolulu, capital e cidade mais populosa do estado
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