A incrível ‘samambaia cesto’ e outras plantas maravilhosas para casa

06 • 01 • 2023 às 14:24
Atualizada em 11 • 01 • 2023 às 16:11

Kauê Vieira  • Sub-editor Nascido na periferia da zona sul de São Paulo, Kauê Vieira é jornalista desde que se conhece por gente. Apaixonado pela profissão, acumula 10 anos de carreira, com destaque para passagens pela área de cultura. Foi coordenador de comunicação do Projeto Afreaka, idealizou duas edições de um festival promovendo encontros entre Brasil e África contemporânea, além de ter participado da produção de um livro paradidático sobre o ensino de África nas Escolas. Acumula ainda duas passagens pelo Portal Terra. Por fim, ao lado de suas funções no Hypeness, ministra um curso sobre mídia e representatividade e outras coisinhas mais.

Neste 2023, conte conosco para lhe ajudar a cumprir a resolução de Ano Novo de decorar sua casa com plantinhas de espécies variadas. 

Seguindo a tradição de boas dicas, o Hypeness preparou uma lista com quatro espécies interessantes, únicas e fáceis de cuidar para você dar vida àquele cantinho meio sem vida. Lembre-se de que um bom vaso de planta tem a capacidade de transformar qualquer ambiente. 

1. Samambaia cesto 

A primeira dica não poderia ser outra. Estamos falando de um modelo incrível da família das samambaias e que é desconhecido por muita gente. Você já ouviu falar da “samambaia cesto”? 

Em inglês basket fern, ela é uma espécie desta planta tropical com folhas gigantes envolvidas por uma espécie de cesto de folhas com aparência seca, assim como o “chifre-de-veado”. 

Para muitas pessoas, a “samambaia cesto”, ou Drynaria rigidula, é uma das espécies mais luxuosas e raras que existem. Ela é dividida entre folhas coletoras (que ficam na parte de fora, nascem verde e depois secam) e as férteis, que parecem mais com a folhagem tradicional das samambaias. 

Folhas coletoras e férteis 

A “samambaia cesto” é nativa da Ásia e faz parte da família das epífitas, caracterizada quando a planta tem a capacidade de viver sobre outra planta. 

As folhas coletoras são uma espécie de geladeira. Elas servem para armazenar água, restos de animais mortos e folhas de árvores que caem na região capaz de absorver matéria orgânica para o melhor crescimento das coletoras. Mas, atenção! Molhe sempre a “samambaia cesto” de cima para baixo, evitando atingir as folhas coletoras. 

As chamadas folhas férteis são mais parecidas com a folhagem tradicional das samambaias. Elas fazem parte da família das polypodiaceae, o grupo das samambaias. 

Como cuidar? 

A “samambaia cesto” tem lógica parecida com a do “chifre-de-veado”, que também possui folhas coletoras. Como foi dito, você vai precisar jogar água de cima para baixo, evitando atingir a folhagem de aparência seca que envolve o vaso. 

A adubação requer um pouco de nitrogênio. O detalhe é que ela tem uma capacidade de permanecer por períodos maiores sem água do que suas irmãs samambaias. Uma dica interessante é borrifar com água as folhas férteis (verdinhas) sempre que possível. 

Por ser uma planta epífita, ou seja, que vive no tronco de árvores e até mesmo nos filetes de pedras, a “samambaia cesto” gosta de substrato fibroso com matéria orgânica. Dá pra utilizar, por exemplo, húmus de minhoca com fibra de coco. 

Ah! Não se esqueça de acomodar a “samambaia cesto” em um ambiente iluminado, mas sem a incidência direta de Sol ou vento. 

O vídeo abaixo, do “Um Botânico no Apartamento”, traz mais detalhes sobre a “samambaia cesto”: 

2. Aspargo pendente 

Pense em uma planta que não exige muito trabalho e que vai te dar galhos vistosos e cheios de folhagem… O aspargo pendente é o modelo ideal para decorar a sala ou varanda do seu apartamento. 

Esta planta é originária da África do Sul e pode chegar a até 1,50 m de comprimento. Ela possui folhas pequenas e pontudas que lembram um alfinete. Seu cultivo pode ser na meia-sombra ou em lugares com bastante iluminação. 

A aspargo pendente requer de duas a três regas semanais, dependendo da temperatura ambiente. Ela ainda possui flores pequenas e brancas com cachos que aparecem durante vários períodos do ano. 

3. Chifre-de-Veado

Já que ele foi citado, vamos dar dicas de cultivo sobre este modelo que, pelo menos pra mim, lembra uma orquídea gigante. Dona de uma infinita beleza, ela encanta qualquer pessoa – amante ou não de jardinagem. 

A “chifre-de-veado” é da família das samambaias e tem nome científico de Platycerium bifurcatum. Seu batismo popular se deu por um motivo nada misterioso: suas folhas lembram o chifre do animal homenageado. 

A “chifre-de-veado” tem folhagem que pode atingir até 1,5 metro de comprimento, o que requer vaso que a mantenha suspensa no ar. Assim como a “samambaia cesto”, esta é uma espécie epífita, que se desenvolve em troncos de árvores e até pedras. 

Uma boa dica é amarrá-las em pedaços de madeira que auxiliam no desenvolvimento. Você vai precisar de um ambiente com bastante luz, de preferência dentro de casa, com no máximo o Sol do início da manhã. 

Prefira um solo com alta capacidade de drenagem e bastante matéria orgânica. A rega vai de acordo com a faixa etária de cada espécie: as mais jovens precisam de mais umidade e as desenvolvidas, de menos.

 4. Lírio laranja 

“Cores vivas

Eu penso em nós 

Pobres mortais 

Quantos verões 

Verão nosss 

Olhares fãs 

Fãs desses céus 

Tão azuis” 

Um clássico da obra de Gilberto Gil para falarmos de um modelo que exala vivacidade. O lírio laranja é espetacular por si só. Com seu visual em forma de trombeta, esta é uma espécie originária da Ásia e que também atende pelo nome de lírio asiático. 

O lírio laranja é da família das Liliaceae, com bulbo sem ramos, caule e folhas verdes que pode atingir até 50 cm de altura. As flores são grandes e com pétalas meio curvadas. 

As flores do lírio laranja saem no inverno até mais ou menos o final da primavera. A espécie é indicada para o cultivo em vasos e com incidência indireta de luz do Sol.

A rega do lírio laranja deve ser de duas a três vezes por semana, dependendo da umidade do solo. Esta espécie precisa de substrato rico em nutrientes e que evite o acúmulo de água, letal para o desenvolvimento do bulbo.   

Uma dica para manter o lírio sempre laranja é podar as folhas secas o mais rápido possível.