Ciência

Cientistas criam minicérebros com células-tronco capazes de desenvolver olhos

04 • 01 • 2023 às 11:25
Atualizada em 04 • 01 • 2023 às 11:31
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Células-tronco pluripotentes conseguiram viabilizar a criação de minicérebros com estruturas oculares desenvolvidas de forma natural. O experimento causou surpresa e foi conduzido pela Cell Stem Cell, em 17 de agosto de 2021. 

A ideia do trabalho é auxiliar nas interações entre cérebro-olho para o desenvolvimento embrionário, ajudando no combate a doenças que atingem a retina e com isso aumentar a capacidade de geração de células para testes de drogas e até mesmo transplantes. 

O estudo criou minicérebros com estruturas oculares desenvolvidas de forma natural

“O trabalho destaca a capacidade dos organoides cerebrais de gerar estruturas sensoriais primitivas que são sensíveis à luz e abrigam tipos de células semelhantes às encontradas no corpo”, declarou em comunicado o professor Jay Gopalakrishnan, da Universidade de Dusseldorf, na Alemanha. 

Os minicérebros 

O trabalho científico contou com quatro doadores de células-tronco, que geraram nada menos do que 314 mil cérebros, sendo que 72% formaram cabeças de nervo óptico com células de retina distintas, que são capazes de criar redes neurais eletricamente ativas que respondiam à luz: ou seja, viabilizando a claridade. 

“As fibras nervosas das células ganglionares da retina se estendem para se conectar aos seus alvos no cérebro, um aspecto que nunca foi mostrado antes em um sistema in vitro”, seguiu o professor responsável. 

O estudo realizado pela Universidade de Dusseldorf é inédito pelo fato de ter propiciado a geração das cabeças de nervo óptico, além de outras estruturas da retina que nunca foram analisadas antes. 

Ainda é cedo para falar na produção ocular, mas o estudo aponta para caminhos que ajudem no desenvolvimento de métodos de estudo para causadores de doença da retina.

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Foto: Gabriel et al/Reprodução


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