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Entre os muitos mistérios e fascínios que o Império Romano inspira com seus edifícios e suas incríveis ruínas, uma questão se faz inevitável: como é possível que construções levantadas muitas vezes há mais de 2 mil anos ainda estejam de pé? Qual o segredo do concreto romano?
Diante de estruturas como o Coliseu e o Panteão, que permanecem incrivelmente conservadas em Roma, foi essa fortuita pergunta que engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e de Harvard se desafiaram a responder, e descobriram um ingrediente secreto no preparo do concreto romano que pode explicar a resistência das famosas construções do antigo império.
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No ano de 200 antes da Era Comum, Roma já empregava concreto por toda parte, utilizando o material em estradas, casas de banho públicas, portos, aquedutos, edifícios e mesmo anfiteatros. A pesquisa retirou amostras de uma muralha de 2 mil anos, localizada na cidade de Priverno, região central da Itália. Os cientistas encontraram pequenos fragmentos brancos, intitulados clastos de cal, que já haviam sido detectados em análises similares, e eram vistos como sinal de uma mistura mal feita ou de baixa qualidade no material utilizado.
A cal viva, também conhecida como cal virgem ou óxido de cálcio, é o segredo do concreto romano
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A nova pesquisa, porém, contraria por completo tais conclusões, e aponta justamente os clastos de cal como o segredo da durabilidade do concreto romano. “Se os romanos se esforçaram tanto para fazer um excelente material de construção, seguindo todas as receitas detalhadas que foram otimizadas ao longo de muitos séculos, por que eles se esforçariam tão pouco para garantir um produto final bem misturado?”, perguntou Admir Masic, pesquisador do MIT. De acordo com o estudo, os fragmentos brancos se formam após exposição de misturas utilizando cal viva (cal virgem ou óxido de cálcio) a temperaturas extremas.
O Coliseu começou a ser construído pelo imperador Vespasiano em 72, e foi concluída no ano de 80
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Para testar se a cal viva era mesmo a resposta, os pesquisadores preparam duas amostras de concreto, utilizando uma receita moderna e o antigo modo de preparo. Depois de prontas, as amostras foram rachadas e expostas à água: após duas semanas, o líquido que ainda percorria as rachaduras do concreto moderno já não mais passava pelo concreto romano, pois ele simplesmente não apresentava mais rachaduras.
De acordo com a pesquisa, os clastos de cal derivados da cal viva parecem possuir a capacidade de se dissolver e recristalizar quando expostos à água, consertando, assim, as rachaduras provocadas pelo tempo – e funcionando como ingrediente secreto para manter as edificações do Império Romano até hoje de pé.
Maior anfiteatro do mundo, o interior do Coliseu é um exemplo da força do concreto romano
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