Crocodilos mumificados de 2.500 anos são encontrados às margens do Nilo

Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Pesquisadores da Universidade de Jáen, na Espanha, encontraram uma tumba com mais de 10 múmias de crocodilos bem preservadas na região de Aswan, no sul do Egito.

A tumba havia sido descoberta no ano de 2019, contudo, nesta semana, um paper revelando o achado foi publicado na revista PLOS ONE.

Crocodilos eram considerados animais sagrados por populações que habitavam as margens do Nilo, no antigo Kemet. Múmias têm cerca de 2,3 mil anos de idade.

Segundo a datação feita pelos pesquisadores espanhóis, os crocodilos foram mumificados em 304 a.C, ou seja, antes mesmo da era ptolomaica – o último reino do Egito.

Crocodilo divino

Os crocodilos eram relacionados durante o período da Antiguidade Egípcia com o deus Sobek, conhecido por ter a cabeça do réptil.

Deus Sobek é a segunda figura da esquerda para a direita; ele tinha cabeça de crocodilo e era a divindade relacionada ao rio Nilo

O animal, que era comum nas águas do Nilo, era importante para o equilíbrio ambiental da região  e era reverenciado como um Deus.

Ele simbolizava o próprio rio e as dádivas que ele permitia ao povo egípcio. Foi extremamente reverenciado durante os séculos 18 e 16 antes de Cristo, com vários faraós com nomes em homenagem a Sobek, como Sobecotepe III e IV.

Descoberta rara

Ao longo da história, já foram encontrados outras tumbas com crocodilos mumificados pelos egípcios da antiguidade, em especial nas regiões mais próximas à Núbia – como, por exemplo, Aswan -, mas esta é a primeira vez que eles foram encontrados em grande quantidade.

Tumba com crocodilos em quantidade foi surpresa para pesquisadores da Universidade de Jáen

“Mais de 20 locais de enterro com múmias de crocodilos são conhecidos no Egito, mas encontrar 10 múmias de crocodilos bem preservadas juntas em uma tumba intocada é extraordinário”, diz Bea De Cupere, uma das líderes da pesquisa, em comunicado ao Instituto de Ciências Naturais Real da Bélgica.

“Não sabemos de onde vem a maioria das múmias coletadas por museus no final do século 19 e início do século 20. A maioria são filhotes e, dessa vez, vimos adultos mumificados”, completou a cientista.

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