Ciência

Micropartículas de plástico podem atravessar a placenta, alerta estudo

05 • 01 • 2023 às 11:23 Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Um novo estudo publicado na revista científica Environment International Perspectives identificou a presença de microplásticos no desenvolvimento do corpo de bebês através da placenta.

Os pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) e da Universidade de Oulu, na Finlândia, revisaram 37 pesquisas sobre o tema.

 

Microplásticos estão presentes em nossos alimentos e no meio ambiente

Os cientistas encontraram evidências importantes sobre a presença de microplásticos na placenta de mulheres grávidas. Além disso, foram encontrados registros da presença de microplásticos na alimentação infantil.

Microplásticos são partículas de plástico entre 0,001 mm e 5 mm que possuem efeitos nocivos para o desenvolvimento humano. Eles já são um problema para toda a vida marinha e, a partir de agora, podem ser um problema para o desenvolvimento dos bebês.

“Uma vez que o papel da placenta é crucial no desenvolvimento do feto, a presença de materiais potencialmente nocivos é um motivo de grande preocupação”, disse o estudo.

“Mais estudos precisam ser feitos para que se entenda se os microplásticos encontrados em placentas podem acionar alguma resposta imunológica ou provocar a liberação de toxinas, o que pode ser nocivo durante uma gestação“, escreveram os pesquisadores.

Desenvolvimento de crianças pode estar sendo prejudicado por microplásticos

“É bem possível que as crianças estejam mais expostas aos microplásticos do que os adultos, semelhante à maior exposição das crianças a muitos outros produtos químicos tóxicos ambientais”, explica a neurocientista Kam Sripada, uma das líderes do estudo, em comunicado pela Universidade de Oulu.

Leia também: Microplásticos são detectados no sangue humano pela primeira vez e podem se alojar em órgãos

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