Ciência

Estudo liderado por brasileiro sobre peixe de 319 milhões de anos pode mudar evolução de vertebrados

02 • 02 • 2023 às 12:26 Redação Hypeness
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Cientistas liderados pelo pesquisador Rodrigo Figueiroa, aluno de doutorado da Universidade de Michigan, nos EUA, descobriram o cérebro de peixe mais antigo do mundo.

A descoberta pode mudar a visão dos pesquisadores sobre a evolução dos vertebrados. O estudo completo foi publicado na revista Nature, uma das maiores publicações científicas do mundo.

Estudo mostra estrutura cerebral dentro de crânio de peixe; descoberta muda percepção de pesquisadores sobre fossilização cerebral

O cérebro é um órgão difícil de ser encontrado fossilizado, o que aumenta a importância da descoberta de Figueiroa.

“Uma conclusão importante é que essas partes moles podem ser preservadas, e preservadas em fósseis que temos há muito tempo — este é um fóssil conhecido há mais de 100 anos,” diz o paleontólogo Matt Friedman, que participou do estudo, em entrevista à Agência Bori.

Mudança de paradigma

A descoberta reposiciona estudos sobre os cérebros dos peixes – os primeiros vertebrados – até os dias de hoje, e fornece informações importantes para pesquisadores que desejam estudar a evolução dos animais. Além disso, ela fornece a possibilidade de se observar para novos e antigos fósseis com cérebros.

“Com a ampla disponibilidade de técnicas de imagem modernas, eu não ficaria surpreso se descobrisse que cérebros fósseis e outras partes moles são muito mais comuns do que pensávamos anteriormente,” disse Figueroa ao veículo. “A partir de agora, nosso grupo de pesquisa e outros colaboradores vão olhar para crânios de peixes fósseis com uma perspectiva nova e diferente”, completou o brasileiro.

O fóssil não era novo e estava em um museu de zoologia e paleontologia da Universidade de Michigan. Foi após testes com radiação que os pesquisadores encontraram o cérebro do animal.

A descoberta abre a possibilidade para novas pesquisas revisitarem fósseis antigos em busca de uma massa encefálica fossilizada.

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Fotos: Reprodução/Nature/Figueroa et al.


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